Poder, Cura, Libertação, Combate e Amor
Horário:
2ª feira, 08 hs - Terço Mil Ave Marias,19 hs Ministério dos Jovens
3ª feira, 19 hs - Reunião do Conselho
4ª feira, 19 hs - Ensino Doutrinário
5ª feira, 08:30 - Aconselhamento Espiritual (Márcia), 18:40 - Missa deCura e Libertação e Adoração ao Santíssimo na RCC, Angelim
6ª feira, 19 hs Ministério da Promoção Humana, Intercessão
Sábado, 08 hs - Grupo de Oração, Aconselhamento Espiritual com Lourival
Às 16 hs - Ministério das Crianças, às 17 hs - Grupo de Oração, Aconselhamento Espiritual com Zélia
Domingo - Ministério da Família


Seja mais feliz tendo um grande encontro com Deus. Venha fazer parte da família efésios 6!

Sede da comunidade: Av. 04, Qda. 31, Casa 69 - IV Cj. Cohab Anil (próximo a churrascaria O Gaúcho).

Esperança Cristã



Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor. Isto vale já no âmbito deste mundo. Quando alguém experimenta na sua vida um grande amor, conhece um momento de « redenção » que dá um sentido novo à sua vida. Mas, rapidamente se dará conta também de que o amor que lhe foi dado não resolve, por si só, o problema da sua vida. É um amor que permanece frágil. Pode ser destruído pela morte. O ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: « Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor » (Rm 8, 38-39). Se existe este amor absoluto com a sua certeza absoluta, então – e somente então – o homem está « redimido », independentemente do que lhe possa acontecer naquela circunstância. É isto o que se entende, quando afirmamos: Jesus Cristo « redimiu-nos ». Através d'Ele tornamo-nos seguros de Deus – de um Deus que não constitui uma remota « causa primeira » do mundo, porque o seu Filho unigênito fez-Se homem e d'Ele pode cada um dizer: « Vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim » (Gl 2, 20).

Neste sentido, é verdade que quem não conhece Deus, mesmo podendo ter muitas esperanças, no fundo está sem esperança, sem a grande esperança que sustenta toda a vida (cf. Ef 2, 12). A verdadeira e grande esperança do homem, que resiste apesar de todas as desilusões, só pode ser Deus – o Deus que nos amou, e ama ainda agora « até ao fim », « até à plena consumação » (cf. Jo 13, 1 e 19, 30). Quem é atingido pelo amor começa a intuir em que consistiria propriamente a « vida ». Começa a intuir o significado da palavra de esperança que encontramos no rito do Batismo: da fé espero a « vida eterna » – a vida verdadeira que, inteiramente e sem ameaças, em toda a sua plenitude é simplesmente vida. Jesus, que disse de Si mesmo ter vindo ao mundo para que tenhamos a vida e a tenhamos em plenitude, em abundância (cf. Jo 10, 10), também nos explicou o que significa « vida »: « A vida eterna consiste nisto: Que Te conheçam a Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste » (Jo 17, 3). A vida, no verdadeiro sentido, não a possui cada um em si próprio sozinho, nem mesmo por si só: aquela é uma relação. E a vida na sua totalidade é relação com Aquele que é a fonte da vida. Se estivermos em relação com Aquele que não morre, que é a própria Vida e o próprio Amor, então estamos na vida. Então « vivemos ».

Surge agora, porém, a questão: não será que, desta maneira, caímos de novo no individualismo da salvação? Na esperança só para mim, que aliás não é uma esperança verdadeira porque esquece e descuida os outros? Não. A relação com Deus estabelece-se através da comunhão com Jesus – sozinhos e apenas com as nossas possibilidades não o conseguimos. Mas, a relação com Jesus é uma relação com Aquele que Se entregou a Si próprio em resgate por todos nós (cf. 1 Tm 2,6). O fato de estarmos em comunhão com Jesus Cristo envolve-nos no seu ser « para todos », fazendo disso o nosso modo de ser. Ele compromete-nos a ser para os outros, mas só na comunhão com Ele é que se torna possível sermos verdadeiramente para os outros, para a comunidade. Neste contexto, queria citar o grande doutor grego da Igreja, S. Máximo o Confessor († 662), o qual começa por exortar a não antepor nada ao conhecimento e ao amor de Deus, mas depois passa imediatamente a aplicações muito práticas: « Quem ama Deus não pode reservar o dinheiro para si próprio. Distribui-o de modo “divino” [...] do mesmo modo segundo a medida da justiça ». Do amor para com Deus consegue a participação na justiça e na bondade de Deus para com os outros; amar a Deus requer a liberdade interior diante de cada bem possuído e de todas as coisas materiais: o amor de Deus revela-se na responsabilidade pelo outro. A mesma conexão entre amor de Deus e responsabilidade pelos homens podemos observá-la com comoção na vida de S. Agostinho. Depois da sua conversão à fé cristã, ele, juntamente com alguns amigos possuídos pelos mesmos ideais, queria levar uma vida dedicada totalmente à palavra de Deus e às realidades eternas. Pretendia realizar com valores cristãos o ideal da vida contemplativa expressa pela grande filosofia grega, escolhendo deste modo « a melhor parte » (cf. Lc 10, 42). Mas as coisas foram de outro modo. Participava ele na Missa dominical, na cidade portuária de Hipona, quando foi chamado pelo Bispo do meio da multidão e instado a deixar-se ordenar para exercer o ministério sacerdotal naquela cidade. Olhando retrospectivamente para aquela hora, escreve nas suas « Confissões »: « Aterrorizado com os meus pecados e com o peso da minha miséria, tinha resolvido e meditado em meu coração, o projeto de fugir para o ermo. Mas Vós mo impedistes e me fortalecestes dizendo: “Cristo morreu por todos, para que os viventes não vivam para si, mas para Aquele que morreu por todos” (cf. 2 Cor 5, 15) ». Cristo morreu por todos. Viver para Ele significa deixar-se envolver no seu « ser para ».

Para Agostinho, isto significou uma vida totalmente nova. Assim descreveu ele uma vez o seu dia a dia: « Corrigir os indisciplinados, confortar os pusilânimes, amparar os fracos, refutar os opositores, precaver-se dos maliciosos, instruir os ignorantes, estimular os negligentes, frear os provocadores, moderar os ambiciosos, encorajar os desanimados, pacificar os litigiosos, ajudar os necessitados, libertar os oprimidos, demonstrar aprovação aos bons, tolerar o maus e [ai de mim!] amar a todos ». « É o Evangelho que me assusta » – aquele susto salutar que nos impede de viver para nós mesmos e que nos impele a transmitir a nossa esperança comum. De fato, era esta precisamente a intenção de Agostinho: na difícil situação do império romano, que ameaçava também a África romana e – no final da vida de Agostinho – até a destruiu, transmite esperança, a esperança que lhe vinha da fé e que, contrariamente ao seu temperamento introvertido, o tornou capaz de participar decididamente e com todas as forças na edificação da cidade. No mesmo capítulo das Confissões, onde acabamos de ver o motivo decisivo do seu empenhamento « por todos », diz ele: Cristo « intercede por nós. Doutro modo desesperaria, pois são muitas e grandes as minhas fraquezas! Sim, são muito pesadas, mas maior é o poder da vossa medicina. Poderíamos pensar que a vossa Palavra Se tinha afastado da união com o homem e desesperado de nos salvar, se não se tivesse feito homem e habitado entre nós ». Em virtude da sua esperança, Agostinho prodigalizou-se pelas pessoas simples e pela sua cidade – renunciou à sua nobreza espiritual e pregou e agiu de modo simples para a gente simples.

Façamos um resumo daquilo que emergiu no desenrolar das nossas reflexões. O homem, na sucessão dos dias, tem muitas esperanças – menores ou maiores – distintas nos diversos períodos da sua vida. Às vezes pode parecer que uma destas esperanças o satisfaça totalmente, sem ter necessidade de outras. Na juventude, pode ser a esperança do grande e fagueiro amor; a esperança de uma certa posição na profissão, deste ou daquele sucesso determinante para o resto da vida. Mas quando estas esperanças se realizam, resulta com clareza que na realidade, isso não era a totalidade. Torna-se evidente que o homem necessita de uma esperança que vá mais além. Vê-se que só algo de infinito lhe pode bastar, algo que será sempre mais do que aquilo que ele alguma vez possa alcançar. Neste sentido, a época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente fundada, parecia tornar-se realizável. Assim, a esperança bíblica do reino de Deus foi substituída pela esperança do reino do homem, pela esperança de um mundo melhor que seria o verdadeiro « reino de Deus ». Esta parecia finalmente a esperança grande e realista de que o homem necessita. Estava em condições de mobilizar – por um certo tempo – todas as energias do homem; o grande objetivo parecia merecedor de todo o esforço. Mas, com o passar do tempo fica claro que esta esperança escapa sempre para mais longe. Primeiro deram-se conta de que esta era talvez uma esperança para os homens de amanhã, mas não uma esperança para mim. E, embora o elemento « para todos » faça parte da grande esperança – com efeito, não posso ser feliz contra e sem os demais – o certo é que uma esperança que não me diga respeito a mim pessoalmente não é sequer uma verdadeira esperança. E tornou-se evidente que esta era uma esperança contra a liberdade, porque a situação das realidades humanas depende em cada geração novamente da livre decisão dos homens que dela fazem parte. Se esta liberdade, por causa das condições e das estruturas, lhes fosse tirada, o mundo, em última análise, não seria bom, porque um mundo sem liberdade não é de forma alguma um mundo bom. Deste modo, apesar de ser necessário um contínuo esforço pelo melhoramento do mundo, o mundo melhor de amanhã não pode ser o conteúdo próprio e suficiente da nossa esperança. E, sempre a este respeito, pergunta-se: Quando é « melhor » o mundo? O que é que o torna bom? Com qual critério se pode avaliar o seu ser bom? E por quais caminhos se pode alcançar esta «bondade»?

Mais ainda: precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar todo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança. Somente o seu amor nos dá a possibilidade de perseverar com toda a sobriedade dia após dia, sem perder o ardor da esperança, num mundo que, por sua natureza, é imperfeito. E, ao mesmo tempo, o seu amor é para nós a garantia de que existe aquilo que intuímos só vagamente e, contudo, no íntimo esperamos: a vida que é « verdadeiramente » vida. Procuremos concretizar ainda mais esta ideia na última parte, dirigindo a nossa atenção para alguns « lugares » de aprendizagem prática e de exercício da esperança.

Sonhos, Esperança e Fé

“Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Romanos 5, 1-2.5

O Frei Raniero Cantalamessa, na quaresma de 2009, mais precisamente no dia 3 de abril, falando a Bento XVI e seus colaboradores da Cúria Romana disse:

“O segredo da vida está em ter esperança e isso depende da relação que se estabelece com o Espírito Santo. Também nós que possuímos as primícias do Espírito, nós mesmos gememos em nosso interior esperando (cf. Rm 8, 23). Precisamos de esperança para viver e precisamos do Espírito Santo para esperar!”

No Congresso Nacional de 2007, o Senhor nos exortava a guardar a esperança, a voltar a esperar milagres e enfrentar os problemas da vida com fé. Exortava-nos, ainda, a fazer uma revisão de vida, buscando a ordem e o equilíbrio e nos dava aquela linda passagem em Isaías 45, 15-18 para usar em oração no enfrentamento do desequilíbrio e confusão nas nossas vidas. Muitas pessoas que oraram com essa Palavra, que olharam de frente suas vidas à luz dessa Palavra dão hoje testemunho de sonhos realizados, de vida transformada.

Hoje vemos tantas pessoas desanimadas. O que nos cansa e desanima é ver as coisas erradas na nossa vida e entrar numa espécie de fatalismo. E porque vemos as coisas erradas, começamos a reclamar e falamos mal de nossa própria vida e as nossas palavras de murmuração caem como maldição sobre nós mesmos e sobre aqueles que amamos.

Somos convidados a sonhar junto com o Espírito Santo sobre as nossas vidas, pois é Ele que nos dá esperança. A esperança nos salva, nos dá forças para recomeçar, para crer cada vez que essa é a ocasião boa de mudar.

Quantas pessoas desistiram de sonhar! Se o Senhor se compraz em atender aos nossos próprios sonhos, quanto mais não se agradará de atender os sonhos sonhados junto com o Espírito Santo! Devemos pedir a Ele para colocar em nossos corações, sonhos novos, segundo o coração de Deus. “E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus.” (Rm 8, 27).

Com essas palavras a nos guiar, comecemos o ano de 2010 sonhando lindos sonhos para nós, nossas casas e nossa missão. Se sonharmos pedindo a ajuda do Espírito Santo, se sonharmos com fé, acreditando que a nossa vida quando colocada diante da presença do Todo Poderoso é uma vida que vai presenciar milagres, então veremos lindas coisas acontecerem em virtude da graça, salvação e redenção de nosso Deus.

Em outubro de 2007, o Senhor nos dizia em profecia: “Erguei a minha cruz sobre os vossos sonhos, a minha cruz que representou a derrota dos sonhos daqueles que pensaram que Eu iria restaurar imediatamente o Reino de Israel, que ao me verem morrer na cruz viram morrer também o seu sonho de libertação das mãos do opressor. Estes não entenderam que Eu os libertei sim do verdadeiro opressor. Quando erguerdes a minha cruz sobre os vossos sonhos, o meu sangue lavará e restaurará corações despontados e descrentes por terem visto tantos de seus sonhos ruírem. Eu lavarei as feridas da mágoa e desapontamento e tristeza profunda no meu sangue redentor. Eu resgatarei a verdade e cortarei e cancelarei toda ilusão e mentira a respeito da felicidade. Eu realizarei cura profunda em vosso interior para que volteis a crer e a sonhar. Eu lavarei no meu sangue a vossa visão para que possais ver os bens futuros que lhes preparei. Lavarei também no meu sangue todos os envolvidos, todas as pessoas das quais dependeis para realizardes vossos sonhos. Eu vos libertarei das amarras da descrença, do fracasso, das palavras de maldição, do fatalismo e vos deixarei livres para sonhar sem traumas, sem medos, sem nada que vos prenda”. A confirmação da profecia veio em Lucas 1, 37.45 “Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas.”

Confissão, Por que é necessário.

Os padres das paróquias passam juntos de uma comunidade para outra, atendendo às confissões dos fieis. Desde algum tempo a confissão voltou a ser mais procurada pelo povo, depois de uma crise.

Alguns perguntam: ”Por quê confessar os pecados a um sacerdote? Não basta pedir perdão a Deus? O importante não é o arrependimento e o propósito de viver corretamente”?

A resposta é fácil: ”Por que nas doenças ir ao médico? O importante não é tomar o remédio certo e evitar novas doenças”? Sim! Mas como acertar o remédio sem ajuda do médico? Se for um simples resfriado, a gente sabe o que fazer; mas se for um mal perigoso?

Assim é a confissão: para os pecados de fraqueza e incoerência de todos os dias, o bom cristão, antes de deitar se arrepende e pede a Deus; ”Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu”. E continua, olhando ao futuro: ”Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Quando, pois, participa da Missa, pede perdão das faltas da semana inteira, no ato penitencial; repete seu arrependimento na preparação à Comunhão e vai a receber Jesus para que o ajude a não pecar durante a semana seguinte.

Mas também o bom cristão, algumas vezes por ano vai ao médico espiritual, o sacerdote, pedindo orientação, não somente para se corrigir dos defeitos, mas para aumentar as virtudes.

Mesmo o fato de parar para expor claramente ao médico o mal que nos atormenta, ajuda a esclarecer os sintomas, e entender melhor o que se passa no organismo. Do mesmo modo, as pessoas que vão confessar-se, ao fazer um exame de consciência para expor os pecados, já esclarecem a si mesmas a própria situação espiritual; e o confessor no diálogo seguinte, ajuda ainda mais a descobrir o caminho para corrigir os erros e praticar as virtudes.

Muitos pensam que a confissão seja como um se apresentar ao juiz para dar contas dos males feitos. É um erro! O confessor é um amigo, experto em problemas espirituais, que ajuda a se libertar dos vícios; é mediador diante de Deus, para nos obter o perdão com maior segurança; e nos orienta a evitar os perigos e vencer as tentações.

O confessor é também juiz; mas um juiz conciliador, encarregado por Jesus Cristo de nos ajudar nas lutas espirituais e nos garantir que, vistas as nossas boas disposições, Deus nos perdoa, e nos aplica os merecimentos da paixão e morte de Jesus, mediante a absolvição sacramental.

Muitos continuam anos e anos nos erros e vícios. Não se confessam porque não têm vontade de se corrigir. Mas assim continuam escravos de maus costumes que estragam sempre mais a vida, causando tantos desgostos aos familiares. È a coragem que lhes falta! Arrastam-se na resignação dos vencidos, que escondem a si mesmos a própria fraqueza. É uma vida triste!

Decidir de confessar-se e se apresentar ao sacerdote é já meio caminho andado para mudar. Custa no começo; mas logo depois entra no coração a sensação de ficar livre de um grande peso; é a alegria da pessoa renovada, que se difunde na família inteira e marca o começo de uma vida nova. Parecia tão difícil; e foi tão fácil! Acontece como aos irmãos quando brigam (talvez por futilidades) e ficam depois meses e anos sem se falar. No dia em que fazem as pazes se livram de um peso enorme e reconhecem: ”Me parecia tão difícil pedir desculpa, e foi tão fácil! A alegria agora é tão grande! Por quê atrasei sofrendo por tanto tempo?”

Pe. Pio Milpacher
Congregação de Jesus Sacerdote

Deus e a voz da consciência

Deus não só é diferente das coisas, mas também dos nossos semelhantes. É o Criador, que nos dá o ser e quem sabe como nos fez e para o que nos fez.

A revelação cristã diz-nos que saímos d'Ele e que estamos feitos para amá-lo (como filhos). Isto é, que a nossa estrutura interna está pensada e preparada para amar a Deus.

Por isso o 1º Mandamento não é uma imposição externa: é a lei mais íntima e fundamental do nosso ser. Daí a frase famosa de Sto Agostinho: "Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Ti". A verdadeira história da nossa vida é a história da nossa relação com Deus.

Amamos a Deus na medida em que o conhecemos. É um processo: à medida que o descobrimos, Ele atrai para si as forças do coração e da mente. Isto descobre-se na intimidade da consciência, que é um eco da sua voz.

A moral adquire então o seu sentido mais pleno. A moral é um estilo de vida baseado na relação com Deus, é a arte de crescer no amor de Deus. Isto distingue a moral da ética, que é o resultado de uma reflexão meramente filosófica.

Mas não existem duas morais, uma de normas e preceitos e outra de amor: a segunda inclui, plenifica e supera a primeira. Deus quis dar-nos princípios e mandamentos morais porque são necessários para educar a consciência, orientam-na nas dúvidas e servem de pauta para verificar se julga retamente.

Dentro dessa moldura (o que devemos evitar e uma ordem de valores), há muitíssimo espaço para a liberdade do homem, para a criatividade, para crescer.

É nesse sentido que diz Sto Agostinho: "ama e faz o que queres" (não ao contrário). Porque se amas a Deus sobre todas as coisas, farás em cada instante o que Deus quer, que é o que te dará a verdadeira felicidade.

Fonte: Arte de Viver